O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados do terceiro Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado em março, sobre a produção de leguminosas, cereais e oleaginosas plantadas no Estado da Bahia e chegou à conclusão que, este ano, a produção será em torno de 8,7 milhões de toneladas, ou seja, um aumento de 5,0% quando comparado ao ano de 2019.
Esta pesquisa, quando comparada ao levantamento realizado no mês de fevereiro, demostrou um pequeno recuo, quando a estimativa inicial era a produção de 8,8 milhões de toneladas.
O IBGE projeta também uma pequena retração de 0,7% em relação à área plantada quando comparado ao ano de 2019, registrando uma extensão de cerca de 3,1 milhões de hectares.
Soja, milho, feijão e cacau contribuem para a expansão da lavoura na Bahia
Segundo os estudos e projeções do IBGE, a produção da soja deve resultar em crescimento de 4,0% em comparação ao volume de 2019. A estimativa é que 5,5 toneladas deste grão serão colhidas em uma área plantada de 1,6 milhão de hectares. A lavoura de soja está atualmente em seu período de colheita.
Já a estimativa para a safra de milho é a produção de 1,9 milhão de toneladas, resultado de uma área plantada de 593,5 mil hectares.
Caso esta estimativa se concretize no final deste ano, isso representará um crescimento de 14,8% ao compararmos o mesmo período de 2019.
A primeira safra do milho deve resultar na colheita de 1,5 milhão de toneladas em 363,5 mil hectares. Para a segunda safra deste cereal, onde serão utilizados 230 mil hectares para a plantação, a estimativa é que a colheita será de 359 mil toneladas deste grão.
O cálculo da área plantada do feijão totaliza 456 mil hectares, o que deve gerar a safra de 312 mil toneladas, um acréscimo de 10,7% na produção quando comparado ao ano de 2019.
O IBGE ainda estima que a segunda colheita é que representará o maior crescimento da colheita do feijão. O volume estimado nesta segunda etapa é de 184,2 mil toneladas.
O grão que deve contribuir mais para o crescimento das safras na Bahia, sem dúvida alguma, é a safra de cacau, com o expressivo aumento de 16,2% quando comparado ao ano de 2019. A estimativa é que sejam colhidas 122 mil toneladas de cacau em 2020.
Operação Porto Seguro: preocupação
Se por um lado as estimativas são de crescimento nas colheitas de soja, milho, feijão e, principalmente, do cacau no Estado, o mesmo não deve ser comemorado pelos agricultores de cana-de-açúcar, café, algodão, dentre outros grãos, segundo o IBGE.
A retração esperada para a plantação da cana-de-açúcar para este ano é de 3,9%, onde a safra não deve superar a produção de 4,0 milhão de toneladas.
Já a produção total de café será estável, gerando 181 mil toneladas do grão. A colheita do café tipo canephora foi estimada pelo IBGE em 106,6 mil toneladas, ou seja, uma retração de 1,4% quando comparado ao ano passado. A projeção para o café tipo arábica é de uma safra de 74,3 mil toneladas, o que deve representar uma variação de 2,6% ao compararmos com o ano de 2019.
O IBGE também revisou a estimativa sobre a colheita do algodão e agora aponta para a produção total de 1,4 milhão de toneladas, o que representa uma significativa retração de 7,6% em relação ao ano anterior. Esta colheita menor pode ser explicada em boa parte pela diminuição de 5,1% da área plantada que, neste ano, deve ficar em torno dos 315 mil hectares.
Importante: todas estas informações foram auditadas e analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
A agricultora Rose Mary de Barros afirma que a safra pode ser boa, mas o medo persiste. “Ainda estamos convivendo com esses cenário de tensão, mas por enquanto não falta comida à mesa”, afirma.
Já Paulo Rodrigues, que trabalha com plantação de cana de açúcar, vê queda na produção “A situação ainda é preocupante”, conclui.
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